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Trio elétrico é contratado para animar sorrifolia sem Gilson Mania

Polêmica

O carnaval de Sousa, no Sertão da Paraíba, ganhou um ingrediente extra este ano: a polêmica envolvendo a tradicional apresentação do cantor sousense Gilson Mania no bloco Virgens Jurássicas, que há quatorze anos animava a festa. A Prefeitura de Sousa homologou a contratação da empresa Leleka Produções e Locações – ME para fornecer o trio elétrico do evento, pelo valor de R$ 47.800,00, mas a novidade ficou por conta da substituição do artista local pelas as atrações musicais Ramon Schnayder e Tota Nagibe que animam o bloco nos dias 26 e 27 de fevereiro.

A falta de Gilson na festa não passou despercebida pelo público. Há duas versões para o caso. A primeira justificativa para a troca teria sido um rompimento contratual entre Gilson Mania e Leleka Produções. A segunda versão é que o artista não tinha mais agenda disponível para participar do evento. Independentemente da versão,  o caso levanta uma questão importante: o critério para a escolha das atrações carnavalescas é puramente técnico ou sofre influência de interesses comerciais?

Um fato é comprovado. O Bloco Virgens Jurássicas se consolidou ao longo dos anos como um dos momentos mais esperados do SorriFolia, e parte desse sucesso se deve à presença constante de Gilson Mania, que se tornou um símbolo da festa. O anúncio de sua ausência este ano gerou um burburinho entre os foliões e abriu espaço para especulações.

Durante a semana, diversos áudios atribuídos ao cantor circularam nas redes sociais, nos quais ele aponta o ex-empresário como responsável por sua exclusão da programação. Se há verdade nisso, é algo que apenas os envolvidos podem esclarecer, mas o episódio traz à tona uma preocupação legítima: as tradições do carnaval sousense estão sendo deixadas de lado por disputas empresariais?

Independentemente da mudança, o que realmente importa é garantir que o SorriFolia continue sendo uma festa acessível e animada para a população. A escolha dos artistas deve levar em conta a identidade cultural do evento e o desejo dos foliões, e não apenas acertos ou desacertos entre produtores.

A substituição de um nome tão enraizado na tradição da festa pode indicar um novo rumo para o SorriFolia, mas cabe à organização esclarecer seus critérios e, principalmente, ouvir o público. Afinal, o carnaval é do povo – e sua voz não pode ser abafada pelo som dos negócios.

E você, acha que mudanças como essa fortalecem ou enfraquecem as tradições do nosso carnaval?

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